Geração Z: Como encarar os consumidores jovens sem cair no estereótipo?

Caro leitor, como você descreveria a geração Z, ou melhor, os jovens?

Seria como naqueles comerciais em que usamos nossos all-stars, comemos pizza e estamos cheios de espinhas no rosto?

Ei, cara pálida! Eu, curumin que sou, digo que talvez você possa estar um pouco (na verdade um tanto) enganado.

Se sua marca percebeu que este público é uma oportunidade e quer apostar nos jovens, chegou a hora de compreendê-los.


O que é a geração Z?

Fazem parte dela aqueles nascidos entre 1995 e 2010 e que muitas vezes nem se lembram do que é uma televisão à tubo, celulares com teclado e internet discada.

Lidar conosco é um imenso quebra cabeça, afinal, o que nos classifica são informação na ponta dos dedos (literalmente com os celulares), preocupação com o mundo, gosto pelo aprendizado, contestação e conversas sobre uma vastidão de assuntos, sem perder o bom humor.

Tentar lidar com essa mistura é difícil, mas não impossível – desde que você deixe de pensar que a resposta para isso é tão pequena quanto um tweet da minha geração.

A hora é essa para que sua marca faça um novo e diferente contato com os Z’s.

E para falar um pouco mais deste tema, nós da tribo e nossos curumins, preparamos um conteúdo tão diverso quanto os Z’s para você começar a acertar com eles.


1. Aceite se sua marca conhece ou não os jovens

Muitas marcas miram nos jovens mas acertam suas flechas em uma comunicação antiquada e estereotipada.

O caminho para consertar esse erro é o seguinte: aprenda ou demonstre.

Uma marca que entrou de cabeça nisso foi a Clearasil, com um mote que dizia justamente “nós sabemos sobre acne, nós só não sabemos sobre adolescentes”. Veja:

A marca percebeu que não sabia nada de jovens e decidiu inovar em um comercial para a geração Z

2. Disrupção nos meios

Os antigos modelos de mídia, como flyers, folders com famílias felizes com o dedão para cima enquanto tomam seu café da manhã com um labrador ao lado, são legais, mas não tanto para os Z’s.

O grande negócio são as redes sociais: dados revelam que o uso das mídias digitais por esta geração, além de constante é ativo. Ou seja, nós não apenas entramos nas redes sociais como espectadores, gostamos de interagir.

Mas é claro, interação funciona além do online, a mídia off também permite, desde que feita de uma maneira esperta!

Outros exemplos ainda mais simples, mas completamente ousados como foi o caso da Kit Kat, com seu slogan “Have a break, have a Kit Kat. – Dê um tempo, coma um Kit Kat.” rockcontent.com.br

Estética Plural:

Por ser uma geração que atravessa a transição do milênio, sua influência varia entre o tradicional e o moderno.

E se a mídia off não morreu para a gente, a hora é essa para fazê-la de forma mais ousada, utilizando de misturas entre o passado e o futuro. A volta das pochetes tá aí para mostrar que o passado está voltando, mas repaginado.

O Burguer King, por exemplo, prova que o off está bombando, mas renovado, com interatividade, como a campanha Burn That Ad, que trazia um app que queimava os anúncios de concorrentes, e a cada anúncio queimado você garantia um cupom para trocar por um hambúrguer do BK.


3. Mas então, como acertar nas redes sociais?

Apostar nas redes sociais é a grande jogada, porém, tendo em mente algumas sacadas interessantes.

Nossa relação com as redes sociais é bem diversa, por exemplo, a geração Z, considerada autodidata, teve uma grande ajuda do YouTube, que também é utilizado para descanso no fim do dia. O Instagram, usamos para referências, informações e para compartilhar a vida.

Toda essa história criada com essas redes não é banal, é preciosa, pois, quando saudável amplia a comunicação do mundo e gera acesso à produtos melhores, informações disponíveis e conteúdo mais dinâmico, por isso:

Impacte nos primeiros segundos:

Sabe aquela cara de preguiça que você faz ao ver um anúncio entediante, cortando seu vídeo no YouTube? Isso acontece muito com esse público.

Não os chateie, se não sua marca se torna:

  • Meme: que é algo interessante, porém difícil de fazer se tornar algo bom para a marca. Quem não se lembra da Betina?

A saída para isso é fazer um anúncio inesquecível, que não significa que ele deva ser irritante, pelo contrário, deve ser um daqueles em que você bate o olho, entende, mas mesmo assim é instigado em querer saber mais.


4. Informação

A geração Z, por ter nascido junto da era da informação, tem acesso a fundo da grande maioria dos assuntos. Ou seja, atualmente, é um tanto difícil (e completamente descabido) que sua marca esconda falhas nas sombras.

A luz que vai iluminar esses defeitos pode vir de uma simples pesquisa na internet, que levará por água abaixo todos seus conceitos e seu slogan bem montado.

O jovem entendeu que motes bem construídos sobre bases fracas e mentirosas não se sustentam. Assim, é preciso mais do que conhecer, aprender com a geração.

Mire nas causas, acerte nos consumidores

A geração Z se ligou que marcas possuem uma responsabilidade social e ambiental. E porque as causas são humanas, é preciso também que o discurso da sua marca se humanize.

Por isso, tão importante quanto se colocar a frente de causas, é importante conhecê-las e saber se sua marca realmente tem força perante alguma delas.

Um bom slongan não salva o mundo, não cura o câncer, não acaba com problemas como o racismo e o preconceito de gênero, mas ações efetivas ajudam, desde que feitas com pesquisa e cuidado.

Deixe seus preconceitos de lado

Sua marca é uma entidade que não para no tempo (ou pelo menos não deveria). Ela acompanha os movimentos do mundo, então, é a hora dela estar atenta ao que acontece.

Qualquer mudança desperta prós e contras, mas o fato é que o preconceito não pode barrar sua marca de avançar. Vide exemplo da Skol, que se reposicionou perante o mercado.

A marca traz sempre a essência de seus criadores, mas nunca seus reflexos diretamente. Ela é como um indivíduo que cresce e vai tomando seus rumos de acordo com o que está em voga no mundo, pauta geralmente determinada pela geração jovem.

Leia aqui o que o thinkwithgoogle.com escreveu sobre isso.


5. Novidades da publicidade são legais, desde que bem aplicadas

Quanto já não se ouviu por aí sobre redes sociais, stories, influencers, conteúdo e muito mais? E como usar isso tudo em seu negócio?

Não é por que a coisa é novidade que ela se ligue totalmente à geração Z. Elas devem ser usadas com parcimônia e de maneira a entender as segmentações deste público. Veja alguns exemplos abaixo.

Influenciadores

Um influenciador nem sempre resolve o problema, números de seguidores são bacanas, mas a mensagem e a identificação criada por eles também.

A geração Z começou a se cansar de influencers segurando produtos, beijando-os e dizendo que eles são os melhores, eles querem ver a experiência criada com o produto.

Produção de conteúdo

Autenticidade, eis a chave. Seu produto adquire valor quando apoiado por uma produção de conteúdo que conte uma história, crie ligações com o consumidor e mostre que o produto, além de soluções, oferece experiências.

Lembre-se que a palavra de ordem é conteúdo ou seja, informação é importante, não é qualquer besteira que convence e engaja os Z’s, tampouco outras gerações.

Atente-se também à noção de que cada mercado é único e que talvez injetar tempo e dinheiro em um conteúdo não é tão válido, principalmente para empresas que oferecem produtos de consumo rápido, dessa forma você evita que seu conteúdo seja apenas enrolação para mostrar uma solução.


6. Proximidade + Autenticidade = Consumidores engajados

Uma marca que se mostram mais ligadas à realidade, mostrando autenticidade em suas campanhas, tendem a ganhar mais com a geração Z. Isso é feito ligando a publicidade à maneira com que os consumidores lidam com seu produto.

Seja mostrando produtos sendo usados e por pessoas reais, ou seja, não artificias e editadas no photoshop, ou mostrando os próprios consumidores em campanhas.

Um bom exemplo disso é a Sallve, marca brasileira de cosméticos, veja o insta aqui com a #vivasuapele.

Os Zs além de se verem retratados nas campanhas querem ver as outras gerações e pessoas que os inspiram entrando na onda.

Anúncios que mostram a realidade aproximam os jovens das marcas e criam os, tão almejados, Brand Lovers, que é quando o consumidor se dispõe a acompanhar a marca porque acredita em seus propósitos.

Objetivar que seu consumidor se torne um Brand Lover é ousado quando, como agora, os jovens já não se ligam com tanta facilidade às marcas. As que conseguem isso, o fazem justamente seguindo a proposta falarem de igual para igual com os consumidores.

E aí? Preparado para encarar a geração Z? Gostou das nossas dicas? Faça como os Zs e passa no Instagram da Tribo e comenta no post desse texto!

Te vemos lá!

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