Publicidade Nativa

A publicidade nativa é o meio (em potencial) mais eficiente que aparece como ferramenta de marketing digital no cenário atual de comunicação. Ela é relativamente nova e aos poucos estão descobrindo maneiras mais eficazes e corretas de utilizá-la. O ponto de diferenciação dela é a “camuflagem do anuncio”. Segundo Baumann, a sociedade tem característica líquida e não admite mais nada que tentam impor de forma agressiva ou maçante em suas cabeças. Ou seja, os modelos de publicidade tradicionais perdem um pedaço do seu terreno todos os dias. E quem ganha por uso-capião essas terras são as novas formas de se comunicar, de se relacionar e de anunciar com o público geral, que não precisa ser necessariamente o alvo. A native advertising é uma corrente forte deste novo jeito, pelo fato de parecer conteúdo, notícia e algo que acrescente conhecimento, experiência e informação ao público.

A native ads faz com que a marca se aproxime do leitor e do consumidor de conteúdo de uma forma mais natural. Existe um público online grande que tem a fome de querer saber mais sobre um determinado assunto e busca fontes de informações para se inteirar deles. Quando uma marca traz essa informação que ele precisa, ela cria uma relação subjetiva de afinidade. Sendo sutil e quase imperceptível, aquele conteúdo conduz o leitor a querer saber um pouco mais do que a marca mostrou naquela “notícia” e ele inicia o segundo passo (ou segundo clique): O que o redireciona ao portal da marca e se sacia temporariamente com o conteúdo completo do assunto que está lendo sobre que existe no portal. E por quê temporariamente? Ele vai achar legal, mas não estará totalmente satisfeito com aquilo e vai esperar mais novidade que aquela marca possa trazer a ele, ou seja, o leitor estará de peito, olhos e ouvidos para os outros conteúdos que a marca pode trazer para ele. Entretanto, o segundo passo não termina ai! O tão conhecido “boca-boca” se torna agora o “natural sharing” (porque ele é online!). E qual a razão desse “natural sharing”? É uma básica análise do comportamento da sociedade online. Eles vão querer mostrar para as pessoas próximas, que seguem as mesmas linhas de pensamento e interesses aquele conteúdo de publicidade nativa que na verdade é uma notícia interessante de se mostrar às pessoas próximas ou que interagem na sua rede social. E quem comunga desses pensamentos e interesses são públicos em potencial ou alvo.

E ela não se limita a estes públicos por outra razão: A publicidade nativa é tão liquida e maleável quanto o novo formato de sociedade e pode estar em qualquer canal e se mostrar interessante a qualquer pessoa. Até mesmo a quem não tem interesse no assunto do conteúdo. Porque a sociedade online valoriza relações interpessoais de diversos modos, sendo assim, eu posso até não gostar de fotografia, mas achei interessante a manchete dessa matéria que a Nikkon (a marca não aparece de cara como autora do conteúdo) fez e vou mandar para o meu amigo que tem a fotografia como hobbie ou se interessa pela arte da escrita com a luz. E isso é “natural sharing”! A marca não pagou uma impulsão em uma rede social e nem caiu de paraquedas no celular do leitor. Alguém a indicou como uma notícia interessante. Assim, uma marca se torna

interessante e passa a ser vista com outros olhos quando ela cumpre um papel de formadora de conteúdo conseguindo assim ser mais aceitável e procurada.

A publicidade nativa ganha espaço pelo modo que emite a mensagem. A marca não vai ser um poup-up (na essência) carente e chato em todos os meios de comunicação dizendo: “Oi! Estou aqui! Compre meu produto, por favor! Você vai ter isso ou aquilo de benefício!”. O caminho que ela percorre é outro. Ainda falando sobre fotografia, a marca vai mostrar para o leitor o trabalho maravilhoso de um artista em algum vilarejo no sul da Índia, ou de alguma aventura na Floresta Amazônica e no fim dizer que aquelas emoções que ele passa na foto foram feitas com uma lente fixa de “X” mm e com a câmera “tal”. O que ela está dizendo por trás disso é que com os equipamentos dela você, mesmo que por hobbie pode mostrar impressões tão boas quanto as daquele incrível artista, desde que use os produtos certos.

Com muitos querendo nivelar por baixo a comunicação para que ela seja aceita e entendida com mais rapidez e facilidade, o bombardeio de anúncios já se torna chato e vem perdendo espaço para aqueles que estão interessados em mostrar que podem ser mais úteis do que pareciam. Gerar conteúdo destrava os “adblocks” mentais dessa sociedade liquida e constantemente insatisfeita, ela busca algo novo e que ela possa repassar isso para o mundo todo de alguma forma. É uma oportunidade muito sólida de lidar com toda essa liquidez. Está bem claro que o futuro da comunicação passa pelo caminho da Native Advertising.




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