Botox ou burnout?

Se você trabalha com criatividade e ainda tem que ser rápido no gatilho, pra suprir demandas, sabe do que estou falando: burnout. Claro que existem mais especulações que comprovações sobre o tema, mas esse colapso tá aí e precisamos falar sobre ele.


Colaborar com o crescimento de uma marca, ir pro trabalho vestindo a roupa que gosta, fazer piadas com os outros colaboradores, eleva a sua autoestima, igual quando você sai do dermatologista com a testa lisa, sabe?
Cheia de botox. Porém, você já parou pra pensar, o que é qualidade de vida pra você?


A maioria das pessoas que trabalham diretamente com criatividade tem procurado cada vez mais um bem-estar diário, pois estão exaustas. Os salários são bons, é gratificante ver a felicidade dos clientes com os resultados, mas será que vale a pena? Uma pesquisa realizada nos EUA entrevistou 850 pessoas da área para entender como se sentiam sobre relações com o trabalho agora e no futuro. Concluiu que, 70% dos criativos estão satisfeitos com suas rotinas – mas não felizes, e 50% consideram
mudar de carreira.


Essencialmente, os criativos estão cansados das más práticas do trabalho em si, dos prazos de entrega, da pressão do mercado e dos ambientes tóxicos nos quais se encontram. Mas, o que deixa as pessoas felizes, afinal?
Uma coisa eu sei: não existe uma fórmula. Mas que tal respeitar o tempo e a sanidade das pessoas ao seu redor, inclusive a sua?


Existe gente que deixa de fazer terapia pra colocar botox, existe gente que ignora os sintomas do distúrbio psíquico que é o burnout e se desafia a chegar ao fundo do poço. Outra coisa que eu sei é que, a síndrome do esgotamento profissional está completamente ligada à autoestima das pessoas. Então, como se desafiar a tomar coragem e mudar de profissão quando sentir um incomodo dentro do peito ao invés de dar uma passadinha no dermatologista, deixando seu salário gratificante pra uma bactéria que só dura seis meses na sua testa?


Nenhuma decisão precisa durar a vida toda, a vida toda depende da sua decisão. Então, meu conselho é: pare agora, respire fundo e se pergunte, eu quero mudar de profissão ou só tô exausta? Não é sobre as mudanças que quero ver no mundo, é sobre as mudanças que quero ver no meu mundo. Faça por você, seja criativo!

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