Como o discurso de Stephen Hawking nos ajuda entender a publicidade atual.

O mundo entrou em choque com a notícia do falecimento de Stephen Hawking, nessa quarta-feira (14). Uma mente extraordinária e essencial para o mundo da ciência, que certamente deixou um legado imensurável de conhecimento. Mas o que nós, da publicidade, podemos aprender com ele?

A relação entre a física e filosofia é algo fantástico, quanto mais se descobre sobre o universo e sua existência mais se permite questionar os conceitos da humanidade. E foi nesse caminho que Stephen Hawking sabiamente disse: “Inteligência é a habilidade de se adaptar às mudanças. O conservadorismo, por ser contra mudanças, é o exato oposto à inteligência.”

Uau! Uma frase dessas, bicho? Como não se sentir intrigado ao ler a definição de inteligência de uma das mentes mais brilhantes do mundo?

E, mais uma vez, ele estava completo de razão.

Vejamos a publicidade no contexto atual, você provavelmente já viu alguma marca sendo repudiada pelo seu posicionamento conservador, como aconteceu com a Skol, em 2015:

O resultado dessa campanha, feita para o carnaval, que trazia frases como “Esqueci o não em casa” e “Topo antes de saber a pergunta”, foi desastroso. Indignadas com a ação, duas garotas acrescentaram a frase “E trouxe o nunca” no outdoor e compartilharam a foto em suas redes sociais, no mesmo dia a publicação já tinha alcançado 8 mil pessoas, onde a grande maioria compartilhava da mesma repulsa.

E o que a Skol, líder de mercado, fez em relação a tudo isso? Foi inteligente.

Mudando de posicionamento de maneira honesta com o brilhante “Reposter Skol”, a marca foi mais inteligente ainda: olha para as campanhas do passado, reconhece que errou e comunica ao cliente que isso já não faz mais parte de sua realidade atual. Caminhando para uma publicidade mais inclusiva e, principalmente, respeitosa.

 

A campanha está no caminho para que possa se falar se propaganda de cerveja sem automaticamente pensar na cultura machista e na objetificação da figura feminina.

“Inteligência é a habilidade de se adaptar a mudanças”. Stephen Hawking conseguiu definir o contexto da publicidade atual com poucas palavras. Assim como na ciência, se prender a “verdades” do passado, além de óbvio, não nos leva a lugar algum. A diferença é que na publicidade não há exatidão ou fórmulas, nada que realmente garanta resultados, a não ser por boas ideias casadas com a inteligência.

Sair da zona de conforto e olhar com mais empatia para as mudanças do mundo faz com que a visão sobre o universo seja deveras diferente, e, assim sendo, a mesmice e os clichês não serão mais presentes em publicidades, filmes, séries, etc. A genialidade de uma campanha pode estar presente no simples ato de mudar de perspectiva.

A sociedade muda. Pensamentos mudam. Conceitos mudam. E “escapar de um buraco negro é possível”, como disse Hawking. Perca o medo de mudar, e se errar há sempre uma saída. Vale lembrar que todos nós já tivemos opiniões e atos conservadores, porque fomos criados numa sociedade assim. Por isso, o importante é ter a coragem de mudá-los quando encontramos novas evidências que quebram essas velhas premissas.

Então fica o convite para a reflexão interna das nossas opiniões e atos. A gente não para (nem deve parar) de mudar. Vamos seguir o exemplo do grande Stephen Hawking e procurar ser a mudança que transforma o mundo. A publicidade tem um papel muito importante nisso. Vamos juntos?




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